A Urgência do Amor

Amor

Assumindo a nossa fraqueza, desconfiando da nossa natural capacidade de levar a cabo desde a missão mais simples, até à mais complexa. Fazendo sem a preocupação do resultado, fazendo porque é preciso ser feito, porque é preciso que se faça. Quando as mãos se dão, tudo é possível. Os reinícios acontecem quando o nosso coração baixa a guarda, se entrega totalmente e sem reserva, ousa amar, por nós próprios, pelos outros, por cada um. A família continua a surgir à tona de água, num mundo que navega cada vez mais à vista e que nos deixa tantas vezes na deriva dos dias que se repetem sem honra nem glória.

A urgência do amor não é um desespero de gente agarrada a troncos velhos e gastos, no mar da turbulência fria e cinzenta do mundo revolto em vagas de 9 metros. A urgência do amor vem da emergência de sarar feridas mesmo antes de elas chegarem, vem da premência de dar as mãos e esperar os desafios para saltar juntos, mergulhar em conjunto, criar em sintonia. Vem da certeza que temos que preparar amanhã, agindo hoje, fazendo hoje, amando hoje…

A vida deles começou de novo ontem. Começa hoje outra vez porque têm a capacidade de encontrar na sua natural fraqueza a certeza de uma consagração que fortalece a sua decisão. É preciso resgatar a família e chamar-lhe amor, ter a coragem de fazer diferente porque igual é não fazer tudo, é fazer apenas porque sim. Precisamos de fazer para que sim, não para que seja mais fácil, mas para que seja mais. Para que seja sempre, para que seja para a vida toda e que dessa toda vida que nos corre entre a vista e o peito, sejamos sempre sinal de conquista.

A urgência do amor começa no desassossego da missão até à certeza da consagração…

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