És Missão!


Estou contigo
E vós, quem dizeis que Eu sou? 

Certa vez, estava Jesus com os seus e fez esta pergunta. Entregou a todos ao mesmo tempo esta questão, mas querendo que cada um a pudesse receber no seu coração e sentir a resposta a correr na sua alma. Jesus nunca fez perguntas por acaso. Jesus nunca nos questiona por acaso. Naquele tempo as multidões diziam saber quem era Jesus…mas não sabiam nada sobre Ele. Não o conheciam verdadeiramente. Nunca se tinham permitido privar com Ele. Não tinham entendido as suas perguntas. Não porque Ele usasse uma linguagem difícil, mas antes porque tinham os seus ouvidos corrompidos, fechados, cheios de outras palavras ruidosas. Não porque Jesus não falasse ao coração (ainda hoje o faz), mas antes porque as multidões tinham um coração fechado, escondido no centro do corpo, blindado à palavra simples do amor, à Palavra boa que edifica.

E eu, quem sou eu? Que digo eu sobre quem sou? E quem digo eu que Ele é? Quem é verdadeiramente para mim este Filho de Deus que veio ao nosso encontro para morrer às nossas mãos? Quem é Ele na minha vida? Quem sou eu perante as perguntas que Ele me coloca? Quem sou eu perante a vida que quero e perante a outra vida que Ele me pede que seja vivida? Conheço-me? Conheço-O? Quero estar com a multidão que diz saber tudo sobre quem Ele é mas que depois vive a sua vida como se Ele nunca existisse? Quero estar com os que, conhecendo-O, privando com Ele, ouvindo a sua Palavra, sentindo o ardor no coração, não têm coragem de dizer quem Ele é verdadeiramente? Quero estar com os que sabendo de tudo isto, sabendo que Ele dá e tira, que Ele é o que é e que vem por nós, continuam a colocar-se acima dessa condição, compondo a sua vida com “riquezas”, com futilidades, com protagonismo individual e com vaidade?

Saberei eu efectivamente quem é Ele? Que vida quer que eu viva? Que serviço quer que eu faça? Que missão quer que eu realize? Quando terei eu a coragem de abandonar tudo para O seguir sem reservas? Sem perguntas? Sem esperar que isso me enalteça? Sem esperar que isso me faça mudar? Sem contar que isso transforme o que os outros dizem sobre quem eu sou?

Saberei eu que para O seguir verdadeiramente terei que me negar a mim próprio, assumir o peso e a forma da minha Cruz e deixar que Ele me conduza, seguindo-O? Saberei eu que não devo ter medo, que deverei apenas responder ao apelo: Segue-me? Saberei eu que Ele está sempre comigo e que por isso a Missão que ele me confere é ser eu?

É o Espirito Santo que agora me fala. Depois do Pai. Depois do Filho. Diz-me, lá do alto dos sonhos de D. Bosco: ÉS MISSÃO! ESTOU CONTIGO. E se Ele me olhar nos olhos enquanto entrelaça os seus dedos, e com expectativa perguntar de novo: E tu, quem dizes que Eu sou? Nem sei se terei tempo de lhe responder…

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