Na presença do Senhor
E eu... Uma dúzia de mulheres, 5 crianças e um Padre. E eu. Entrei e fiquei de joelhos. A igreja já preparada para a festa, os seus altares, os seus andores, as capas dos mordomos e os bancos já vazios para que nesse dia todos possam, todos queiram assim quisessem, encontrar-se com o Senhor. Mas eu hoje, eu sempre nesta terra, mas sobretudo hoje, para me encontrar com Jesus. Os joelhos doeram cedo e permaneci firme, em entrega, pensando em todos aqueles que sofrem e eu não, que lhes dói e eu pouco, que lhes foge a vida e eu vivo, que lhes custa tanto e eu nada. A música de fundo era leve, solta e breve como a aragem da noite quente. As mulheres estavam, as crianças sussurravam e sorriam virando as cabeças para trás. Eu era profunda oração de estar na minha terra, na minha casa, no meu eu de joelhos a doer mas de nada, comparado com as dores do mundo, com os vazios do mundo, com os perdidos do mundo. Eu não estava perdido, mas que bom que foi ter-me ali encontrado naquela condiçã