Frutos

Frutos nossos
Nem consigo imaginar o que sentem os meus filhos quando festejamos com eles. O que vai de aperto naqueles corações de passarinho quando tudo à sua volta faz sentido porque eles existem, que nervoso miudinho cresce lá dentro da "barriga" quando espreitam no jardim se já chegou alguém para a sua festa. Quando o jardim de enche de gente por eles. A vida é uma festa se em cada oportunidade pudermos estar mais felizes que na maioria das outras vezes...

Assim vistos ao colo, sei que quem procura abrigo somos nós, os grandes. Eles, os petizes, esses naquele momento procuram os nossos olhos para, sem nada dizerem, acrescentarem felicidade às nossas vidas pela feliz forma como nos mostram o que é ser dia no dia dos outros. Nada do que se experimenta nestes dias vem em nenhum livro nem se coloca em nenhuma foto, simplesmente porque não se pode apertar em margens limitadas o que corre solto entre os nossos corações.

Os frutos das nossas vidas, são filhos que semeamos ao vento e que, algumas vezes soluçando, pedimos a Deus que não se percam nunca, que sejam semente no chão e alegria em todo o ar respirável em torno das suas vidas. Queremos que sejam árvores frondosas de vida e que não deixem de encontrar refúgio nas raízes. Não queremos que se prendam demasiado à terra, a nós, aos nossos. Não queremos que sejam erro porque pensamos ter certo solução. São frutos porque crescem...

Consigo imaginar o que irá nos seus corações, um dia, quando tomarem nos seus braços os seus próprios filhos, frutos viçosos de uma vida em frondoso crescimento. Não temos certezas maiores do que a sensação boa que se vai repetindo em nós quando abraçamos os filhos e eles, devolvendo esse abraço, na rebeldia da sua essência, dizem apenas que estão felizes. São frutos nossos e serão árvore de vida que trará frutos à festa de uma felicidade vivida nestes dias onde a "barriga" aperta e o coração expande até ao infinito...


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